- Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, onde estão localizadas mais de 20 comunidadesFOTO: Divulgação/SDS
- APA Caverna do Maroaga, em Presidente FigueiredoFOTO: Divulgação/SDS
- RDS Uatumã, em São Sebastião do UatumãFOTO: Divulgação/Uatumã
- RDS Rio Negro, entre Iranduba e Novo AirãoFOTO: Divulgação/SDS
O programa de Uso Público de quatro unidades de conservação estadual do Amazonas entrou na fase de elaboração de edital. As licitações para a exploração de atividades turísticas serão realizadas por atividades e não por cada unidade, segundo explicou ao portal acrítica.com o coordenador do Centro Estadual de Unidade de Conservação (Ceuc), Sérgio Gonçalves, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
Gonçalves disse que seis empresas locais e nacionais já sinalizaram com o interesse de participar da concorrência, que deve ocorrer ainda neste primeiro semestre.
Conforme o coordenador do Ceuc, em torno de cinco a seis atividades turísticas como hospedagem comunitária, escalada em árvores e trilhas serão desenvolvidas nas quatro unidades de conservação estadual que fazem parte do Programa de Uso Público.
As quatro unidades estão localizadas na região metropolitana de Manaus e no baixo rio Amazonas.
São elas: Área de Proteção Ambiental (APA) Caverna do Maroaga, localizada no município de Presidente Figuereido, Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uatumã, no município de São Sebastião do Uatumã, RDS Rio Negro, em Iranduba, e Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, na região do rio Cuieiras, afluente do rio Negro.
“A minuta do edital já está pronta. Contratamos um consultor que está avaliando para que a gente defina as atividades que serão realizadas nas unidades. Vamos lançar por atividade para atrair concorrentes e para que o controle delas seja mais fácil. Mas precisamos fazer um estudo econômico para cada uma dessas atividades e identificar a taxa de retorno que as empresas poderão ter. Essas receitas precisam ser superiores ao custo da implantação da atividade”, disse Gonçalves.
Em uma das atividades – o Parque Estadual Rio Negro Setor Norte – deverá ser recategorizado e transformado em RSD para que as atividades sejam viabilizadas. “Existe uma demanda das comunidades que pediram essa mudança. Muitas atividades não poderão ser realizadas caso ele continue como parque. O processo formal já passou por consulta pública”, explicou.
Saiba mais sobre cada uma das Unidades onde serão realizadas atividades turísticas
APA Caverna do Maroaga – localizada no município de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus), com transporte via terrestre. Criada em 1990, detém uma área de 374.700,00 hectares. É formada por floresta de terra firme, cavernas, grutas, cachoeiras e corredeiras, além disso, abriga o Galo da Serra, espécie ameaçada de extinção.
RDS Uatumã - localizada no município de São Sebastião do Uatumã (a 247 quilômetros de Manaus), com transporte via fluvial. Criada em 2004, detém uma área de 424.430 hectares, entre as margens dos rios Uatumã, Jatapu e Caribi. Formada por áreas de floresta densa em terra-firme e áreas inundáveis, campinas e campinaranas. É reconhecida nacionalmente pela imensa beleza cênica, paisagens singulares, como as serras que beiram as margens do Rio Uatumã e baixa incidência de mosquitos e insetos devido à acidez da água preta, o que a torna um dos principais pontos para a prática do turismo e a pesca esportiva.
RDS Rio Negro, localizada entre os municípios de Iranduba e Novo Airão (a 200 quilômetros de Manaus), com via de transporte fluvial. Criada em 2008, detém uma área de 102.978,83 hectares, tem como principais atividades a agricultura, manejo florestal madeireiro e a pesca. Com grande potencial para o turismo, a área é formada lagos, praias, igarapés, igapós, fauna endêmica interflúvio Negro/Solimões. Destaque ainda para as comunidades tradicionais, trilhas de caminhada, sítios arqueológicos, artesanato, pousadas rústicas e hotel de selva em Acajatuba.
Parque Estadual do Rio Negro Setor Norte - localizado no município de Novo Airão (a 200 km da capital), com transporte via fluvial. Criado em 1995, detém uma área de 146.028,00 hectares, com potencial para o turismo. A área é composta de Floresta de terra firme e de igapó, campinas e cachoeiras. Têm como atrações as ruínas de Airão Velho e sítios arqueológicos. Abrigam o Sauim-de-Coleira e o Sauim-de-mão-dourada, espécies ameaçadas de extinção.
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