Salvador - No primeiro semestre deste ano o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançará novo edital para captar projetos interessados na restauração do bioma da Mata Atlântica. O anúncio foi feito por representantes do Departamento de Meio Ambiente do banco. Participaram do encontro os secretários estaduais Zezéu Ribeiro (Planejamento), Eugênio Spengler (Meio Ambiente) e o representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Renato Ferreira.
Entre as novidades em relação à edição anterior, realizada em 2009, estão a ampliação da área enquadrada – de quatro mil hectares para seis mil hectares – e a sinergia com as diretrizes de governos estaduais e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
De acordo com o secretário Zezéu Ribeiro, esta é uma excelente oportunidade para o governo baiano e o BNDES realizarem ação sinérgica de modo sistemático e estruturante. “Além do Estado indicar as áreas prioritárias para o apoio do banco, devemos propor projetos que equacionem a restauração dosbiomas, especificamente o da Mata Atlântica, e o fomento de cadeias produtivas de viveiros”.
Segundo o chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, Márcio Macedo, este encontro tem o objetivo de coletar subsídios para estruturar o chamamento público. “Queremos soluções territoriais, ou seja, integração com as iniciativas dos estados. Aqui na Bahia estamos vendo quais são as demandas por reflorestamento e as cadeias de mudas e viveiros para realizar projetos integrados”.
Uma das estratégias discutidas para ampliar o número de projetos de restauração de biomas foi a possibilidade do governo estadual ou federal garantir a compra de sementes das associações e cooperativas. “Transformar os bancos de sementes e a plantação de mudas em um negócio pode ser uma das estratégias para sensibilizar os diversos atores da importância do reflorestamento”, afirma o chefe de gabinete da Seplan, Benito Juncal.
Eugênio Spengler pontuou que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) encaminhará um projeto de apelo internacional, com enfoque na Chapada Diamantina, e fará a provocação para que outros biomas sejam contemplados. “Vamos elaborar projetos para a caatinga e o cerrado, além de organizar uma estratégia de recuperação de matas ciliares”, afirma Spengler.
O engenheiro do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, Luiz Rodrigues, diz que o primeiro edital contemplou mais de 30 projetos, entre os quais, três na Bahia. “Temos aprovado e apoiado para o Estado da Bahia 220 hectares para o Parque Monte Pascoal, e outros dois estão em análise - 200 hectares do Parque Conduru e 72 hectares da região do extremo sul”. Segundo Macedo, o objetivo para o próximo chamamento público é reduzir o valor de restauração por hectare, que hoje corresponde a R$ 15 mil.
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